Como toda visita a um Castelo*, me senti como que envolvida em uma aura mágica durante o período que estava lá dentro. Já na entrada, havia todo um clima de festa, com pessoas entrando e saindo, todas com um sorriso no rosto não importando o sacrifício que fizeram para estarem presentes no local. Vou contar como conseguimos os ingressos, antes de contar o que observamos durante a visitação. Desde o início, dia 16 de julho de 2014 até domingo passado dia 25 de janeiro, estava impossível adquirir um ingresso para a exposição. Como a maioria dos brasileiros eu também me enquadro naqueles que deixam para a última hora alguns afazeres como este; a visita a uma exposição. Foi assim com Salvador Dali, no Instituto Tomie Otake. Ele esteve por lá de 19 de outubro do ano passado até o dia 11 de janeiro, e nós acabamos não nos encontrando. Sniff, sniff. Bom, mas como eu ia dizendo, vou descrever a maratona para a compra dos ingressos. Depois da direção do MIS - Museu da Imagem e do Som - ter prorrogado por três vezes a exposição do Castelo*, resolvemos finalmente que iríamos. Mas o simples fato de termos conseguido decidir a data, não nos dava a certeza que conseguiríamos estar presente ao evento. Então, após acessarmos o site do MIS e concluirmos que seria inviável a compra pela internet, escalamos o Adalberto para o sacrifício. E assim foi feito. O coitado levantou às 4:30 da madrugada, tomou um copo de leite, um banho - não sei bem se nesta ordem pois estava dormindo, só vi o banheiro molhado e o copo na pia quando levantei - e foi para lá. Antes porem nós já sabíamos que os ingressos só estariam a venda para o mesmo dia na bilheteria, e que havia uma tal de MARATONA que estava disponível no site às sextas à partir do meio dia e que seria para a madrugada do sábado para domingo, inviável. Então, só restava mesmo a opção de ir 'in loco' comprar para o dia escolhido. O Adalberto chegou lá às 5:00 e já haviam mais ou menos umas 100 pessoas na sua frente. As pessoas que queriam entrar às 8:00 chegaram no dia anterior às 17:00. Entenderam? Isso mesmo, chegaram na tarde anterior para entrarem na manhã do dia seguinte. Bom, nós queríamos entrar por volta das 14:00. E assim foi feito. O Adalberto conseguiu comprar depois que a bilheteria abriu às 8:00, voltou até aqui, nós almoçamos, e ele nos levou até lá. Saímos todos rumo ao MIS, ele, eu o Erik, e a Dna Assami, que até hoje não sabe para onde estava sendo levada, se para o médico, para o dentista ou para sabe lá onde... Para ela tanto faz - o Alzheimer é uma doença muito triste - e depois de nos deixar por lá, os dois voltaram, e nós iniciamos o nosso tour. Mas todo esse trabalho para a aquisição das entradas, foi muito bem recompensado. Como eu disse no início, as pessoas estavam todas felizes, e todas mas todas sem exceção tinham uma história da bilheteria para contar. Na nossa frente estavam duas mulheres jovens na faixa dos trinta anos tia e sobrinha, e é claro que eu iniciei uma conversa. A sobrinha estava lá pela segunda vez pois na primeira ela não conseguiu entrar. Elas são de Araraquara, e chegaram às 6:30, conseguiram comprar os ingressos também para as 14:00 por volta das 11:00, deram uma voltinha, comeram um lanche e lá estavam outra vez, agora felizes por estarem há alguns minutos da entrada. A cada momento chegava uma pessoa e perguntava, assim como eu; que fila é essa? Essa é a fila das duas horas? E quando alguém respondia que sim, um sorriso se abria naquele rosto. Bem, todos (as) vocês já adivinharam a qual exposição eu estou me referindo né? Isso mesmo, todos (as) vocês acertaram... Logo na entrada, fomos recebidos pelo PORTEIRO com a sua clássica fala: Klift, Kloft, Still, em seguida o encontro é com o NINO - que é uma criança de 300 anos, aprendiz de feiticeiro - que está presente através de uma projeção holográfica; depois, a reprodução perfeita da COZINHA do Castelo* em cujas gavetinhas estão guardadas algumas surpresas. Na sequência, a famosa BIBLIOTECA, com suas cortinas estampadas também com livros, sonho de consumo de qualquer leitor \o/ mais adiante, existe uma passagem surreal e movediça que nos leva até o GLOBO TERRESTRE. Também estão lá a OFICINA do DOUTOR VICTOR - tio do Nino, a ÁRVORE que é a moradia da CELESTE a cobra cor-de-rosa; em seguida, subimos as escadas e nos encontramos na TORRE do Castelo* onde a tia avó do Nino MORGANA e sua inseparável VALDIRENE, faz as suas feitiçarias. Também estão lá o DOUTOR ABOBRINHA, a BIBA, o PEDRO, o ZEQUINHA e o LABORATÓRIO do TÍBIO e PERÔNIO. Não posso me esquecer do RELÓGIO, do RATINHO, da PLANTA CARNÍVORA, das Botas TAP e FLAP, da PENÉLOPE, do GATO PINTADO, e do Marcelo Tas novinho como TELEKID, está TUDO lá. Eu estou colocando toda essa aventura no presente porque uma parte dessa exposição vai ser reaberta de 12 de fevereiro a 12 de abril, com algumas peças sendo leiloadas e outras sendo expostas mais uma vez. Eu fiquei impressionada porque o que menos tinha no dia e hora que eu fui eram crianças, a maioria esmagadora era de adultos. Então, não façam como eu, programem-se e compareçam ao MIS, pois vale super a pena. E só para quem ainda não sabe de que exposição eu estou falando, vou esclarecer: BUM BUM BUM CASTELO*RÁ*TIM*BUM !!!
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